Não. Este texto não tem nada a ver com o livro ‘Até o dia que o cão morreu’ de Daniel Galera. Nem com a adaptação cinematográfica do mesmo, feita por Beto Brant e Renato Ciasca, intitulada ‘Cão sem dono’. Apesar de ter usurpado o título, estamos falando de outros cães, um sem e outro com dono, como o simpático Churras do livro/filme. Fora isso, a coisa aqui soa meio como ‘meu querido diário’. Quarta-feira passada eu caminhava pela Marginal do Rio Tietê. Aliás, caminhava não, dirigia. Após um dia chuvoso e, todas as pessoas da cidade encantadas pelo fetiche do natal, eu não esperava boa coisa. Imaginava o pior – trânsito, tumulto, compras. Mas até que a ilusória sorte estava ao meu lado, os carros andavam. E justamente por andar, a Marginal fez-me deparar com a segunda cena mais trágica deste ano (obviamente a meu ver). O clima de ‘terra da garoa’ era passado. A quarta-feira estava no seu momento de febre. Com os vidros entreabertos, Herbie Hancock me acompanhava em uma baixa intensidad