Sua imagem está associada a muitas coisas — do Espírito Santo à paz mundial. Eles têm também importante parcela na história da humanidade, especificamente no âmbito da comunicação. Conhecidos por muitos como “ratos com asas”, quase sempre infestam praças em grandes cidades. Sim, falamos de pombos.
Hoje eles figuram ao lado de baratas, moscas, ratos e outros seres asquerosos comuns ao homem. Contudo, existe um passado glorioso que reverbera até o presente.
A aparição dos pombos na história coincide com hieróglifos egípcios e escritos mesopotâmicos. É provável que o povo egípcio tenha sido o primeiro a explorá-los como mensageiros, enviando-os pelo mundo para anunciar a ascensão de um faraó ao trono. Consta ainda que, na Grécia antiga, as aves eram usadas para transmitir o resultado das olimpíadas. No Império Romano, eles percorriam toda a costa do Mediterrâneo, levando informações sobre as possíveis invasões e as movimentações do inimigo.
Em meados do século XIX, quando a comunicação ainda era precária, eram os pombos que levavam as notícias em primeira mão. A derrota de Napoleão Bonaparte em Waterloo chegou a Londres pelas asas de um mensageiro. Até Carlos Drummond de Andrade dedicou atenção aos pombos. “Seria o Exército em manobras / ou simplesmente / trazia recados de ai! Amor / à namorada do tenente
Seja por motivação poética, histórica ou simples adorno urbano, as aves granívoras estão de volta. Prova disso foi o pombo interceptado no início deste mês
A prática não é novidade. No mesmo presídio, em março passado, a polícia encontrou outros dois pombos-correios. À época, a ousadia não era tanta e as aves carregavam apenas peças de aparelhos celulares.
No ano passado, em Marília, interior de São Paulo, a estratégia quase deu certo. Dois pombos foram localizados com uma mulher, que se defendeu alegando que os mesmos seriam usados para levar alimento aos presos.
Mesmo com toda a fama, um pombo-correio não pode ser enviado a qualquer parte. A habilidade do animal consiste em voltar sempre para casa, mesmo após percorrer longas distâncias. E é isso que ele faz. Agora, por incrível que pareça, faz de forma inovadora: atuando na esfera criminal. A ave, que num passado não tão longínquo era considerada eficiente como o telégrafo, acabou na clandestinidade.
Não raro os padrões de beleza – ou a falta destes – inquietam milhões de pessoas. Muitos homens e mulheres têm a pretensão de se enquadrarem ao que é esteticamente aceito e, focados nisto, acabam por escravizar seus hábitos mais simples em busca da perfeição. Comer menos, beber menos, dormir menos, viver menos; tudo em prol da pseudo-beleza. Mas não paramos por aí. Modificar determinados hábitos parece não saciar a histeria estética. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam crescente aumento nos casos de bulimia e anorexia – sendo que 20% dos incidentes terminam em morte. Provocar o próprio vômito para evitar a nutrição, no caso do bulímico, ou manter-se numa fome contínua, no caso do anoréxico, não são mais problemas quando o objetivo é estar dentro do estereótipo do sublime. Esta busca incessante confunde as prioridade humanas e acaba sobrepondo valores morais e éticos. Óbvio, alguém lucra com isso. A milionária indústria da beleza alucina seus clientes com a premissa de que, ao
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