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Mostrando postagens de setembro, 2009

Corpo e metrópole: o gosto nos grandes centros

O corpo comunica. A metrópole comunica. Quando o fazem, usam ferramentas da linguagem; que perpassam por expressões visuais, sonoras ou escritas. É parte da cultura da metrópole o que ela comunica. A cultura, neste sentido, pode ser entendida como o sistema representativo — construído por elementos sígnicos — que narra os costumes, as formas de vidas, a filosofia e os meios de representar a realidade de determinado povo. Tendo o corpo como mídia primária, podemos afirmar que é ele o determinante quando se pensa na formulação dessa cultura, aqui, vista como gosto. O individuo altera a si próprio e a sua cultura a partir daquilo que observa no outro e no espaço comum. A troca entre objetos e corpos no campo urbano se torna constante e infindável. O “escambo” contínuo da imagem metamorfoseia o gosto, amplia e difunde pela mescla de tendências que podem ser vistas a todo instante na metrópole. Seria promíscuo dizer que os meios de comunicação não são influentes no processo. Sim, eles exerc

Twitter: mais conteúdo em menos espaço?

O tempo é curto. O espaço também. São apenas 140 caracteres para que você angarie seguidores. “A cho que 140 toques é muito até para quem sabe se expressar. Como diz o ditado: para bom entendedor, meia palavra basta”, opina o publicitário Pedro Paiva, 24. É assim que funciona a febre Twitter, espécie de rede social que trabalha como um microblog, permitindo aos usuários enviar e ler atualizações pessoais de outros contatos instantaneamente. “O fato de a linguagem pender para a síntese não é o problema. Pensando em termos literários, existem várias manifestações poéticas que são sínteses, como os poemas mínimos japoneses, chamados haikai , e isto não é negativo”, afirma Silvia Quintanilha Macedo, professora e doutora em Literatura Brasileira. O tamanho do texto no Twitter começou a ser pensado em 1992. À época, Jack Dorsey, idealizador do projeto, era programador de softwares para rastreamento de táxis. O norte-americano imaginou que, com a mesma tecnologia utilizada para que os taxist