A obra do mineiro João Guimarães Rosa (1908–67) traz, ainda nos dias de hoje, algo inovador na língua portuguesa. Ambientando-se em sua grande maioria no sertão brasileiro, seus contos e romances criam vocábulos – embasados em dialetos populares e regionais. Arraigados no autor, Fernanda Bastos e Jefferson Brito transformam Guimarães Rosa e sua máxima Sagarana , num espetáculo extremamente atemporal, intitulado A Saga de João . A peça elucida de forma ímpar quatro contos existentes no livro de 1946: “A volta do marido pródigo”, “O Burrinho Pedrês”, “Conversa de bois” e “A hora e vez de Augusto Matraga”. O nome da peça remete aos embates da vida – enfrentados por muitos Joões – em todo o sertão brasileiro, misturando o nome do autor à obra Sagarana. A adaptação mostra os obstáculos que cruzamos em busca da sobrevivência, ou mesmo do ‘final feliz’ que, assiduamente, não sai do imaginário. Buscando trabalhar com jovens estudantes do ensino médio e universitário, a peça expõe fielmente os