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Mostrando postagens de agosto, 2008

Vitrine das Desigualdades Sociais

Não bastasse a segregação social que a dita classe “A” impõe por intermédio de seus condomínios de alto padrão, seus veículos blindados e suas equipes de segurança, agora entra em funcionamento uma nova ferramenta para não misturar o nobre sangue azul. Ferramenta não, melhor dizendo, um novo local. O nome: Shopping Cidade Jardim. Inaugurado há cerca de dois meses, o centro comercial situa-se no bairro homônimo da cidade de São Paulo. A proposta inicial era de um lugar despojado, com exclusividade e sofisticação, que reunisse lojas inéditas em shoppings e até mesmo no Brasil; contando com academias, grifes famosas – não menos que Daslu, Rolex, Louis Vuitton –, livrarias e até um spa – que segundo o portal do shopping será “o maior da América Latina”. Inevitavelmente você se perguntará: “e qual é a novidade disto?”. Ok, já assistimos inúmeras vezes ao desfile dos endinheirados em seus playgrounds protegidos pela placa: “proibida a entrada de subalternos”. O que soa realmente como novidad

Le Scaphandre Et Le Papillon

Indiscutivelmente, a vida do homem pós-moderno é algo desconcertante. As pressões sociais, a necessidade de uma vida em família, a alienação no trabalho – que, mesmo à revelia de muitos, é sentida pela maioria –, por fim tudo, faz do homem um ser escravizado nas regras e nos costumes de seu meio. Ao mesmo tempo – e em contraponto –, este turbilhão de responsabilidades permite ao ser humano o júbilo de sua existência, pois, é na soma dessas relações – sejam elas positivas ou negativas aos olhos de seu protagonista – que nos caracterizamos como seres civilizados. Esta luta interna, entre fazer o que desejamos e o que efetivamente necessitamos , constipa o ser. E não paramos por aí. Neste emaranhado de imposições e deleites, mesmo com formas inexplicáveis, encontramos em nós um ser oculto, capaz de atitudes que desconhecemos – sejam para um suposto bem ou mal. A tragédia continua sendo a criadora da forma. Sofremos mutações e, no momento em que as águas nos sucumbem e a respiração co