Cento e vinte oito dias depois de um embate truculento com o setor rural e grande parte da sociedade; após protestos de consumidores munidos de panelaços na capital e nas principais cidades argentinas; estradas bloqueadas por caminhões e tratores, reduzindo o abastecimento de alimentos, combustíveis e produtos industriais nas cidades; a prisão do líder ruralista Alfredo De Angeli; a união das classes média e alta em prol do setor agropecuário; e sua popularidade sofrendo ligeira queda de 20%, a presidente Cristina Kirchner sai derrotada na sua tentativa de manter o projeto de lei que aumentou os impostos sobre exportações agrícolas. Irredutível em sua postura, o casal Kirchner fingiu não entender a mobilização social contra a medida, se contrapondo aos protestos e sustentando a lei desde o início do ano. O próprio Néstor Kirchner , presidente do Partido Justicialista, contribuiu ao mobilizar agentes dentro do Senado para conter o alvoroço, fomentando assim o caos nas ruas e a indigna